[FP] WELCH, Raven - Abnegação
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[FP] WELCH, Raven - Abnegação
Raven Lena Welch
16 anos Abnegação Iniciante Rav, Lena Hayden M. Welch Robert Welch Shailene Woodley |
Nascida na Audácia, era de se esperar que Raven fosse mais uma daquelas garotas que não teriam medo de nada, que possuiriam o mundo nas mãos um enorme caminho sem dificuldades pela frente. Filha de pais quase que históricos, cada um com um recorde memorável de medos, sua mãe com 7 e seu pai com 8, ela tinha tudo pra entrar na lista dos sem medo, mas, é claro que não foi assim.
Desde muito nova que a garota apresenta uma espécie de fobia a quase tudo. O escuro lhe intimidava, barulhos estranhos a faziam chorar, tempestades eram seus piores pesadelos e tudo que fosse desconhecido era motivo para um drama considerado desnecessário por todos de sua facção natal. A menina estranha, deslocada, diferente, da Audácia logo ficou conhecida por todos, virando o motivo de vergonha dos próprios pais, que, mesmo tentando ao máximo, não conseguiam esconder o desgosto que sentiam por Raven.
Ela tentou, com o anos, controlar seus medos, mas parecia que a medida que ela crescia, eles só mudavam para outros piores. O medo de água era o seu pior. Ela não conseguia nem ao menos ouvir o barulho de água que o ar já sumia de seus pulmões e o oxigênio se esvaia de seu cérebro, algo que só piorou quando, em um trote maldoso, quiseram empurrar-lhe do penhasco, para dentro do rio.
O único lugar onde, ironicamente, a garota se sentia segura era nas alturas. Era natural vê-la escapando do escuro para passar as tardes após a escola nos telhados de sua própria facção. Ela se sentia livre, inteira, como nunca conseguia se sentir em sua casa ou com seus "colegas".
O dia de sua escolha fora um tanto quanto difícil. O já tão conhecido medo lhe tomava posse de todas as formas possíveis, a confusão se instalando em sua mente. Seu teste de aptidão lhe dissera Erudição, mas o desconhecido ainda lhe apavorava mais do que deveria, Franqueza e Amizade estavam fora de cogitação, ela não se ajustaria de forma alguma a dizer apenas a verdade ou conseguir ser uma pessoa amigável. Anos de isolamento lhe tornaram muito boa em ser só. E então ela se lembrou da Abnegação, o lugar onde ela sempre sentira ser bom de se viver, onde as pessoas viviam pelos outros e o egoísmo com o qual convivera na Audácia era abolido. Ah, como ela gostaria de ir para lá, viver no tão conhecido cinza das pessoas que via todos os dias em seu colégio, mas não, não conseguiria reunir a coragem que necessitava para sair da abominável porém familiar Audácia.
Quando finalmente chegou sua hora de escolher, a determinação na face de Raven destoava com a confusão de seu interior. A diferença da garotinha com medo de trovões para a adolescente trajada de um curto vestido preto com o olhar fixo em uma decisão que parecia já tomada fez muitos pensarem que ela havia finalmente superado suas frescuras, e choque quando o sangue que escorria de sua mão tocou na pedra do pote da Abnegação foi tanto dela quanto de seus companheiros de facção.
Ela havia sido corajosa pela primeira vez em sua vida, ela havia escolhido o pavoroso e tortuoso caminho desconhecido que assombrava seus sonhos. Ela era egoísta, mas aprenderia a ser altruísta, ela era presa, mas aprenderia a tentar se sentir livre. Ela era corajosa, mesmo que pouco, e agora ela deixava para trás o preto, para se aderir ao conforto do cinza que tanto almejava.
Desde muito nova que a garota apresenta uma espécie de fobia a quase tudo. O escuro lhe intimidava, barulhos estranhos a faziam chorar, tempestades eram seus piores pesadelos e tudo que fosse desconhecido era motivo para um drama considerado desnecessário por todos de sua facção natal. A menina estranha, deslocada, diferente, da Audácia logo ficou conhecida por todos, virando o motivo de vergonha dos próprios pais, que, mesmo tentando ao máximo, não conseguiam esconder o desgosto que sentiam por Raven.
Ela tentou, com o anos, controlar seus medos, mas parecia que a medida que ela crescia, eles só mudavam para outros piores. O medo de água era o seu pior. Ela não conseguia nem ao menos ouvir o barulho de água que o ar já sumia de seus pulmões e o oxigênio se esvaia de seu cérebro, algo que só piorou quando, em um trote maldoso, quiseram empurrar-lhe do penhasco, para dentro do rio.
O único lugar onde, ironicamente, a garota se sentia segura era nas alturas. Era natural vê-la escapando do escuro para passar as tardes após a escola nos telhados de sua própria facção. Ela se sentia livre, inteira, como nunca conseguia se sentir em sua casa ou com seus "colegas".
O dia de sua escolha fora um tanto quanto difícil. O já tão conhecido medo lhe tomava posse de todas as formas possíveis, a confusão se instalando em sua mente. Seu teste de aptidão lhe dissera Erudição, mas o desconhecido ainda lhe apavorava mais do que deveria, Franqueza e Amizade estavam fora de cogitação, ela não se ajustaria de forma alguma a dizer apenas a verdade ou conseguir ser uma pessoa amigável. Anos de isolamento lhe tornaram muito boa em ser só. E então ela se lembrou da Abnegação, o lugar onde ela sempre sentira ser bom de se viver, onde as pessoas viviam pelos outros e o egoísmo com o qual convivera na Audácia era abolido. Ah, como ela gostaria de ir para lá, viver no tão conhecido cinza das pessoas que via todos os dias em seu colégio, mas não, não conseguiria reunir a coragem que necessitava para sair da abominável porém familiar Audácia.
Quando finalmente chegou sua hora de escolher, a determinação na face de Raven destoava com a confusão de seu interior. A diferença da garotinha com medo de trovões para a adolescente trajada de um curto vestido preto com o olhar fixo em uma decisão que parecia já tomada fez muitos pensarem que ela havia finalmente superado suas frescuras, e choque quando o sangue que escorria de sua mão tocou na pedra do pote da Abnegação foi tanto dela quanto de seus companheiros de facção.
Ela havia sido corajosa pela primeira vez em sua vida, ela havia escolhido o pavoroso e tortuoso caminho desconhecido que assombrava seus sonhos. Ela era egoísta, mas aprenderia a ser altruísta, ela era presa, mas aprenderia a tentar se sentir livre. Ela era corajosa, mesmo que pouco, e agora ela deixava para trás o preto, para se aderir ao conforto do cinza que tanto almejava.
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Raven L. Welch- Iniciandos
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